O presente texto começa discutindo os dois fenômenos – ensino e aprendizagem – tem uma relação de complementaridade (ou seja, se são as duas face de uma mesma moeda) ou não. Depois de analisar três possíveis respostas para esta questão: de que realmente os dois fenômenos são necessariamente complementares, de que ensinar implica em aprender; de que os dois fenômenos são de mesma natureza, porém constituem agendas diferenciadas, chegando até serem conflituosas entre si e; finalmente, de que os dois fenômenos apresentam naturezas distintas, ou seja, enquanto o ensino é um fenômeno deliberado e consciente, a aprendizagem é um processo mental, imprevisível, particular e individual. Diante desta situação, Prabhu fica com a última abordagem (ensino e aprendizagem são processos distintos) e a partir dela desenvolve seu trabalho, considerando que o ensino de uma língua estrangeira. Considera que o ensino ajuda a causar a aprendizagem de maneira geral, podem ser que uma forma de ensino é mais eficaz do que outra; aconselha que é preciso explorar as maneiras de organização do ensino que não só evite manter este pressuposto ensino = aprendizagem como também busque novas formas de avaliar maneiras diferentes de aprendizagem, levando a propor um tipo de planejamento de ensino que valorizem mais os procedimentos da aprendizagem do que o mero acúmulo de conteúdos derivados de uma antecipada definição de objetivos específicos. E finaliza dizendo que “o ensino será sempre uma questão de esperar que aprendizagem ocorra, ao invés de forçá-la a acontecer”.
Amizade em Tempos de Radicalismo
Há 8 anos
Um comentário:
Não sei até que ponto ensino e aprendizagem são fenômeno distintos. Acho que a idéia de que possuam agendas diferentes é mais aplicável, uma vez que se considera a dialética entre as necessidades subjetivas do educando e as necessidades objetivas do educador. Diferente do professor, que é influenciado por aspectos externos (como cronograma, planejamento, etc), no aluno estes processos seguem mais um ordem interna, não só de filtragem emocianais como de velocidadel pessoal de absorvição do conteúdo.
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